Clima
É do tipo quente e úmido a superúmido, com 2.000 a 2.500mm de pluviosidade (média anual). A estação chuvosa é de dezembro a janeiro.
Geomorfologia
O relevo, de um modo geral, é fortemente ondulado, ocorrendo ainda algumas escarpas. Na sua porção sul, de menores altitudes, aparecem áreas restritas de topografia mais suave nos vales dos rios Caboclo, Anil e Paraíso. As altitudes variam de 60m (ao sul) a 1.350m, na Serra do Subaio.
A região tem seu substrato constituído por rochas metamórficas pré-cambrianas pertencentes à unidade Rio Negro. Ocorrem ainda, depósitos de talude e eluvião coluviais nos vales e ao longo dos cursos dos rios. Os solos são pouco espessos, predominando os latossolos e cambissolos.
Hidrografia
A área abriga nascentes e cursos d'água que fluem das vertentes íngremes das serras (voltada para o litoral). A rede de drenagem está representada pela bacia hidrográfica do rio Guapiaçú e seus afluentes, Caboclo, Anil e Paraíso.
Vegetação
É predominantemente florestal (Floresta Baixo Montana e Floresta Montana), com pequenos trechos de vegetação rupícola em algumas escarpas. A Floresta Baixo Montana recobre a maior parte da área da Estação (desde o sopé da Serra do Subaio até os morros mamelonares, próximo ao vale do rio Paraíso), já a Montana limitasse aos pontos mais altos de algumas serras. O dossel atinge até cerca de 25m de altura, com emergentes relativamente freqüentes, que em geral ultrapassam 35m de altura. O sub-bosque é ralo e rico em arbustos e indivíduos jovens de espécies arbóreas. Raros exemplares de ervas prostradas ou eréctas e providas de rizoma são observadas.
A riqueza de trepadeiras lenhosas é notável e caracteriza a fisionomia da floresta nesta região. As epífitas são pouco expressivas, sendo encontradas em maior abundância apenas nas grotas e margens dos rios.
Paraíso apresenta elevada variedade de espécies de Mata Atlântica: 725 de plantas vasculares, pertencentes a 340 gêneros e 105 famílias.
Florística
A proximidade do sopé da Serra dos Órgãos, bem como o relevo formado por vales, pequenos morrotes e escarpas da própria serra, permitem o aparecimento de vegetação bastante diferenciada, marcada pela temperatura elevada e pelos cursos d'água. A vegetação ocorrente é florestal e reconhecida no mundo acadêmico como do tipo Floresta Pluvial Atlântica Baixo Montana e Montana, ou ainda, Floresta Ombrófila Densa Sub Montana e Montana.
A floresta que recobre os vales e encostas da serra é, em sua maioria, de grande porte, com árvores que chegam a atingir 40m. Figueiras seculares e canelas majestosas impressionam o visitante. Inúmeras epífitas como orquídeas e bromélias recobrem os troncos. Os morrotes, que chegam a atingir 200m, são povoados por vegetação mais seca, com inúmeras palmeiras espinhosas e folhiço.
“Bibliografia em preparação” e “Mapa de Visualização das Áreas” (Google Professional)
Outros conteúdos em:
• IEF - Instituto Estadual de Florestas