
A Mata Atlântica é um dos ecossistemas mais importantes e ameaçados do mundo (Myers et al. 2000) com destaque para a riqueza da flora e fauna. Desde 1989 o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) através do Programa Mata Atlântica (PMA), desenvolve estudos sobre este importante patrimônio da humanidade. Na ocasião era urgente a geração de um conhecimento inicial que pudesse assegurar a preservação dos remanescentes em risco de extinção. Por conta disso, foram implementados levantamentos florísticos e ambientais nas principais Unidades de Conservação do Rio de Janeiro, com destaque para a Estação Ecológica Paraíso, Reserva Ecológica de Macaé de Cima, Reserva Biológica Poço das Antas e o Parque Nacional do Itatiaia. Essas unidades se localizam na Baixada Litorânea, composta por morros mamelonares, e nas Serras do Mar e da Mantiqueira.
Restando apenas 7% da Mata Atlântica era também urgente a geração de tecnologias para a Restauração Ecológica. Portanto a partir do conhecimento gerado nos levantamentos florísticos e ambientais foram implementados em 1993 experimentos visando a recuperação de áreas degradadas na Reserva Biológica Poço das Antas.
Ao longo dos anos o Programa Mata Atlântica estabeleceu várias parcerias que potencializaram a geração de informação e conhecimento sobre este importante patrimônio da humanidade. Atualmente o foco de nosso trabalho está concentrado no Parque Nacional do Itatiaia e nas Reservas Biológicas Poço das Antas, União e Tinguá. Nestas Unidades de Conservação federais são desenvolvidos estudos em anatomia, ecologia, taxonomia e etnobotânica, que em última análise subsidiam ações de conservação, restauração ecológica e manejo das áreas remanescentes.